sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MARIGHELLA: O MULATO REVOLUCIONÁRIO


Entre o "fuzil" e sua grande paixão pelos estudos e a poesia

Você que nunca ouviu falar no líder guerrilheiro "Carlos Marighella" vai agora conhecer um pouco de sua história e certamente nunca mais esquecerá o seu nome. Um simples mulato baiano que fez tremer de medo os generais da Ditadura Civil Militar no Brasil entre os anos de 1964 até 1969. Filho de uma negra baiana com um anarquista italiano, herdou o amor pela liberdade e democracia. Um verdadeiro exemplo de luta pelo o povo brasileiro. Foi político e militante fundador da ALN, assassinado durante o golpe de estado do governo militar brasileiro, que manteve o poder entre 1964 e 1985. Vejamos então o depoimento de seu filho Carlos A. Marighella. O vídeo relata o momento mais obscuro da história nacional, gravado para a novela Amor e Revolução do SBT.



UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

Entre os revolucionários que integraram a resistência armada à ditadura instalada no Brasil com o golpe militar de abril de 1964, Marighella foi reconhecidamente uma das lideranças mais destacadas.

A quatro de novembro de 1969, em uma emboscada preparada pelo facínora delegado Sergio Fleury em São Paulo, Carlos Marighella foi friamente assassinado. Este fato, negado insistentemente pelas autoridades policiais e militares, foi finalmente reconhecido pela Comissão especial de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça, em 11 de setembro de 1996.

Carlos Marighella era o comandante da resistência armada à ditadura militar mais procurado pelos órgãos de repressão naquele momento. Incansável lutador, não dava trégua ao regime, desmascarando-o a todo instante.

Experiente dirigente comunista, começou a militar no PCB aos 18 anos na Bahia. Sua atividade sempre foi caracterizada por uma grande capacidade política (foi membro da Comissão Executiva do PCB desde 1952), por seu entusiasmo e combatividade. Foi preso várias vezes, sofrendo bárbaras torturas, como em 1939, em São Paulo, quando seus pés foram queimados com maçarico sem, no entanto, fornecer qualquer informação aos torturadores da repressão política. Em 1945 foi libertado com a anistia; em 1946 eleito deputado constituinte, cassado em 1947 com a ilegalidade do PCB. Em 1948, com a repressão instaurada pelo governo Dutra, passou à clandestinidade, na qual ficaria até seu assassinato em 1969.

Em maio de 1964 foi preso dentro de um cinema na Tijuca (Rio de Janeiro) mas, sempre resistindo, denuncia a ditadura, dá vivas à democracia e ao Partido Comunista, quando foi atingido por uma bala no peito. O episódio foi descrito em seu livro “Por que resisti à prisão”.

“Minha força vinha mesmo era da convicção política, da certeza (...) de que a liberdade não se defende senão resistindo”.

Essa sua postura ideológica de enfrentamento teve efeitos importantes na luta interna em curso dentro do PCB. De 1964 a 1967, suas divergências com o partido aumentaram e culminaram com o rompimento.
Em 1967 cria a Ação Libertadora Nacional (ALN), organizando a resistência armada à ditadura. Em fevereiro de 1968, foi divulgado o Pronunciamento do Agrupamento Comunista de São Paulo que expôs os motivos da cisão e que resultou na formação da ALN; e já naquele ano começaram as primeiras ações armadas da organização.

Em setembro de 1969, poucos dias após uma junta militar impedir a posse do vice-presidente Pedro Aleixo e assumir o poder (o golpe dentro do golpe), a ALN e o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) realizam o seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick, que possibilitou a libertação de vários presos políticos e a denúncia da ditadura em manifesto divulgado pelos meios de comunicação, inclusive a televisão.

O exemplo de Marighella, independentemente de avaliações das posições e práticas políticas que defendeu, empolgou jovens e velhos revolucionários, e foi sem dúvida uma das maiores expressões da luta contra o regime militar. Foi declarado inimigo número um pela ditadura, que contra ele desencadeou uma caçada implacável que culminou na emboscada na alameda Casa Branca (São Paulo) quando foi assassinado, em 4 de novembro de 1969.

O POETA DA LIBERDADE

Carlos Marighella, herói do povo brasileiro, demonstrou sua paixão pela vida, pela justiça e pela liberdade também por meio de poemas. Aliás, sua primeira prisão se deu por conta de um poema em que criticou o interventor Juraci Magalhães na Bahia. Marighella escrevia poesias desde os bancos da escola, onde surpreendeu professores ao fazer uma prova de Física em versos. Escreveu poemas revolucionários, evocativos e líricos, como classifica Clóvis Moura, para quem, “o saldo de seus versos – sem entrarmos em considerações de avaliação de crítica literária – é revelador de uma personalidade desafiadora em todos os ramos da atividade, de uma instigante figura de homem que, pela sua natureza desafiadora deu a sua vida como último poema que escreveu em defesa da dignidade humana: um legado de beleza heróica”.


LIBERDADE

Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome”

São Paulo, Presídio Especial, 1939.

Fonte:Reproduzido dos Boletins do CeCAC de novembro de 1996 e novembro de 1997.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

PROJETO DE LEI QUE PUNE A VIOLÊNCIA CONTRA O PROFESSOR


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.

Fonte: Sobral de Prima

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Do Muito e do Pouco (Oswaldo Montenegro / Zé Ramalho)

Grande Oswaldo Montenegro e Zé Ramalho leva a gente a refletir sobre a vaidade e a mediocridade humana.É um tapa na cara dos "políticos" e falsos administradores do nosso Brasil. Leia e comente a letra abaixo...Fique a vontade, o espaço é seu!!!



Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois
Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois

É muito quadro pr'uma parede
É muita tinta pr'um só pincel
É pouca água pra muita sede
Muita cabeça pr'um só chapéu

Muita cachaça pra pouco leite
Muito deleite pra pouca dor
É muito feio pra ser enfeite
Muito defeito pra ser amor

É muita rede pra pouco peixe
Muito veneno pra se matar
Muitos pedidos pra que se deixe
Muitos humanos a proliferar

Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois
Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois

É muito quadro pr'uma parede
É muita tinta pr'um só pincel
É pouca água pra muita sede
Muita cabeça pr'um só chapéu

Muita cachaça pra pouco leite
Muito deleite pra pouca dor
É muito feio pra ser enfeite
Muito defeito pra ser amor

É muita rede pra pouco peixe
Muito veneno pra se matar
Muitos pedidos pra que se deixe
Muitos humanos a proliferar

Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois
Se em terra de cego quem tem um olho é rei
Imagine quem tem os dois

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Como ajustar a mochila para Trekking

Olá pessoal!...O nosso Blog tem a honra de trazer algumas dicas interessantes do recém criado clube de aventuras "Calangos Trekking" de Ipu. Trata-se de um vídeo que mostra como ajustar a mochila adequada para a prática da caminhada de média e longa distância ou em montanhas.



OUTRAS DICAS NA ESCOLHA DA MOCHILA PARA CAMINHADAS

•Uma mochila é como uma peça de vestuário: certifique-se de que não fica muito grande e desajustada em seu corpo
•Uma mochila grande significa, provavelmente, uma carga grande e só pode ser usada por pessoas experientes na prática do Trekking ou caminhadas mais longas. Geralmente são utilizadas somente para quem vai pernoitar por mais de um dia
•As mochilas que abrem como concertinas são mais volumosas e podem colocar o seu corpo numa má posição
•Nas mochilas que não possuem costas rígidas há uma maior concentração da carga no fundo (pense num saco de batatas)
•Não se esqueça que o peso da mochila vazia influencia o peso da mochila cheia
•Escolha alças largas e almofadadas
•Tente encontrar uma mochila com um cinto
•Escolha uma mochila que também tenha uma pega resistente e fácil de agarrar

Utilizar uma mochila:

•As mochilas devem encher-se em altura em vez de em largura
•Encha a mochila começando pelo fundo rígido e pelos objectos maiores e mais pesados, acrescentando depois os mais pequenos e mais leves
•Para pôr a mochila às costas, coloque-a primeiro numa mesa, dobre os joelhos (não a coluna), coloque as alças e mantenha a carga próximo de si
•Uma mochila deve sempre ser usada nas duas alças
•Garanta que as alças ficam bem ajustadas
•Garanta que o cinto está a ser utilizado e que está bem apertado
•A parte rígida da mochila deve senmpre ser usada junto às costas
•O fundo da mochila não deve ultrapassar a cintura
•Desde que não esteja muito pesada, a mochila pode também ser carregada à mão

Nunca:

•Utilize a mochila num só ombro
•Carregue a mochila com material desnecessário
•Apanhe uma mochila rapidamente
•Corra com a mochila às costas
•Puxe a mochila de um amigo, enquanto ele a traz às costas

Fonte> Blog Calangos: Trilhas e Camping de Ipu

sábado, 14 de janeiro de 2012

HISTÓRIA - A ARTE DE INVENTAR O PASSADO


Foto: Alex Régis. Na fotografia o Historiador Durval Muniz

Era de profissão encantador de palavras.
Manoel de Barros1

Durval Muniz de Albuquerque Júnior é de profissão historiador, o que não o impede de ser também um 'encantador' de palavras. História. A arte de inventar o passado, seu último livro, é uma coletânea de artigos sobre teoria da história articulados a partir de uma temática central: as diferentes formas de se pensar e de se escrever a história. Tarefa em geral árdua, ela é aqui tratada de modo rigoroso mas, ao mesmo tempo, sem a severidade de quem apenas quer dar lições. Como Michelet, Durval Muniz em vez de simplesmente redigir, escreve.2 Escrita audaciosa, provocativa, criativa e elegante, não diria, contudo, que ele escreva com uma "linguagem de em dia-de-semana", como suplica um 'famigerado' personagem de Guimarães Rosa.3 Mas que ele nos conduz para o terreno 'nebuloso' e 'temerário' da arte literária, disso, não tenho dúvida. Cuidado, historiadores! Durval Muniz, tal como Foucault, é um desses 'sujeitos' perturbadores da boa ordem científica, desses que se colocam entre o sono dogmático e a vigília epistemológica 'só' para provocar a polêmica.

Prefaciada por um historiador da história, Manoel Salgado Guimarães, que ressalta o papel da obra no conjunto da produção historiográfica brasileira recente e o percurso intelectual do autor, o livro divide-se em três partes: na primeira é discutida a relação entre história e literatura; após, uma seção inteira dedicada à obra de Michel Foucault; e, por fim, uma reunião de artigos variados. Esses textos, quase todos curtos — o que não subtrai sua capacidade argumentativa —, são antecedidos por uma introdução na qual Durval Muniz procura problematizar e inserir no contexto contemporâneo a noção-chave do título — 'invenção': "A História possui objetos e sujeitos porque os fabrica, inventa-os, assim como o rio inventa o seu curso e suas margens ao passar. Mas estes objetos e sujeitos também inventam a história, da mesma forma que as margens constituem parte inseparável do rio, que o inventa", explica-nos ele com auxílio de uma analogia baseada em conto das Primeiras estórias.4

Ainda nessa parte introdutória, o autor debruça-se sobre outros aspectos relacionados à questão, entre os quais a divisão artificial entre a perspectiva cultural e a social. Eu gostaria de chamar atenção, entretanto, para uma outra dimensão que pode passar desapercebida em uma primeira ou rápida leitura: a da 'evidência' da história; 'evidência', palavra mais próxima da retórica e da filosofia que da história. Para Durval Muniz a idéia de que "os fatos se impõem ao historiador como evidência" é uma falácia, na medida em que ele dissimula o trabalho de construção não apenas do documento histórico mas também da própria escrita da história (p.32, 35).

O autor inscreve-se assim em um momento reflexivo que a própria disciplina vem atravessando na última década, como bem demonstra um livro recente de François Hartog, cujo objetivo também é o de questionar a suposta evidência da história.5
Os artigos que compõem a primeira parte podem ser lidos como uma tentativa de fraturar a clássica oposição entre literatura e história. O autor busca dissolver a certeza manifesta do 'evidente' desencontro entre literatos e historiadores: "meu objetivo não será separar a História da Literatura, não será encontrar seus limites e suas fronteiras, mas articulá-las, pensar uma com a outra" (p.44). De Clarice Lispector, passando pela hilária dupla Bouvard e Pécuchet, de Flaubert, pelo sisudo Kafka, chegando ao desconcertante poeta Manoel de Barros, Durval Muniz atinge plenamente seu propósito: ele os articula e os pensa, e de forma extremamente inovadora. Não imaginemos, entretanto, que estejamos diante de um "culto ao texto", isto é, que nada existiria fora dele, que a realidade textual seria a promotora incontestável de toda a revelação e verdade sobre as coisas pretéritas.6 Um estudo sobre os diferentes modos de os historiadores servirem-se da linguagem não significa, necessariamente, a queda em perspectivas negadoras da possibilidade do conhecimento.7'Inventar' e 'imaginar' são verbos que fazem parte das metodologias silenciosas, ou silenciadas, da historiografia: "a interpretação em História é a imaginação de uma intriga, de um enredo para os fragmentos de passado que se têm na mão", todavia, ressalva importante, "isto não significa esquecermos nosso compromisso com a produção metódica de um saber, com o estabelecimento de uma pragmática institucional, que ofereça regras para a produção deste conhecimento, pois não devemos abrir mão também da dimensão científica que o nosso ofício possa ter" (p.63-64). O autor chega mesmo a falar nos limites impostos pelo "nosso arquivo" (o pronome possessivo preserva a primeira parte, enquanto o arquivo preserva a segunda; p.64). Trata-se de uma resposta prévia à provável objeção de um pós-modernismo-relativista do qual devemos manter as crianças afastadas? Talvez. O certo é que Durval Muniz sabe ser doutor quando quer. Mesmo optando em situar sua produção em um discurso sobre a pós-modernidade (sinceramente não sei qual razão o leva para esse debate, ainda um embate de grandes narrativas, que visam mais desqualificar o outro do que contribuir para um entendimento sociocultural do mundo em que vivemos), o autor deixa claro que não rompeu com os princípios da 'operação historiográfica' de um autor que lhe é caro, Michel de Certeau.8

Consagrada aos trabalhos de Foucault, a parte seguinte do livro é composta de seis capítulos. No primeiro desses estudos, o autor nos apresenta um estudo comparativo entre o Menocchio de Ginzburg e o Rivière de Foucault. Através de uma consistente crítica ao historiador italiano, Durval Muniz demonstra como seu personagem "termina se explicando pelo contexto mesmo em toda sua singularidade", enquanto no dossiê organizado por Foucault acerca de Rivière a preocupação não é a de explicar suas palavras e os atos, "mas como estas palavras e estes atos foram silenciados" (p.105). O capítulo seguinte tem por objetivo analisar a obra de Foucault, de certa forma, à luz do próprio Foucault, quer dizer, como suas pesquisas relacionam-se com sua existência, com seus costumes, de onde o autor extrai a idéia nietzschiana de que o pensamento do francês deve ser mais do que discutido, usado. A reflexão seguinte relaciona-se à noção de experiência em Foucault confrontada àquela de Edward Thompson. Para Durval Muniz, enquanto o filósofo evita essencializar as experiências históricas ao negar-lhes um caráter tão-somente fundante, o historiador inglês as limita, em última instância, a serem efeitos fundacionais das classes sociais. Os dois estudos que se seguem procuram analisar, sempre a partir de Foucault, a questão do objeto em história, e a importância do 'jogo' na história (o exemplo explorado pelo autor não podia ser mais apropriado: o futebol) e sua correlata desconsideração pela historiografia como resultado de uma luta de poder.9 Por fim, uma homenagem a Foucault, um homem que "morreu de rir", dele (da doença que o vitimou, por exemplo) e dos outros, sobretudo dos poderes instituídos (p.193).

Destacaria, nos ensaios esparsos, a crítica de Durval Muniz à história oral. A conversão do oral em escrito, que anula significativamente a manifestação gestual e as emoções do ato de fala, a possível interferência do roteiro e, finalmente, a presença mesma do historiador-entrevistador como personagem da entrevista, são algumas da questões levantadas pelo autor, que não chega a investir em respostas mais aprofundadas. Sua relativa desconfiança (pois não há uma desconsideração pelos avanços realizados por inúmeros pesquisadores nesse campo) em relação às possibilidades da história oral, segundo ele "indefinida entre uma técnica, um método, uma postura teórica", leva-o a se perguntar: "terá ela conseguido converter a derrota histórica das oralidades para a escritura?". Não lhe parece: "até porque ela seria um agente infiltrado, que continua em busca dos segredos dos que falam para escrevê-los, tornando-os documentos, inscrevendo-os como monumentos" (p.234). Acredito que mais do que simplesmente provocar os historiadores da história oral, Durval Muniz busque no debate produtivo com esses profissionais respostas às suas inquietações, pois para ele, o que temos no final é "a reafirmação do poder dos que escrevem, dos que dominam a escrita sobre os que falam, os que apenas verbalizam seus conhecimentos, suas experiências. A história é mais um artefato que reafirma a dominação dos que escrevem sobre os que falam" (p.233). Convenhamos, não é todo sujeito com o dom da escrita que reconhece isso...

Finalmente, tentando não deixar passar em branco aquele que, em minha opinião, é o texto mais sensível e poético de Durval Muniz neste livro, sua homenagem a um grande amigo,10 eu me permito uma 'invenção' (como os discursos de Tucídides!), ainda que parcial:

Paris, maio de 1961: "Para falar da loucura seria preciso ter o talento de um poeta", conclui Michel Foucault depois de deslumbrar o júri e a platéia com a brilhante apresentação de seu trabalho. "Mas o senhor o tem", responde Georges Canguilhem. Campinas, abril de 1994: "Para falar da invenção do Nordeste brasileiro seria preciso ter o talento de um poeta", assim Durval Muniz de Albuquerque Júnior poderia ter concluído a exposição inicial de sua tese, e Alcir Lenharo, seu orientador, poderia ter respondido: "Mas o senhor o tem". E quem poderia afirmar o contrário?11

Fonte de pesquisa:(Temístocles Cezar.Pesquisador do CNPq – Depto. de História — Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Av. Bento Gonçalves, Porto Alegre – RS – Brasil. t.cezar@ufrgs.br


NOTAS
1 BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão. Rio de Janeiro: Record, 2007. p.17. [ Links ]
2 BARTHES, Roland. Le bruissement de la langue. Paris: Seuil, 1984. p.244-245. [ Links ]
3 ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Oympio Ed., 1981. p.11. [ Links ]
4 ALBUQUERQUE Jr., 2007, p.29; ROSA, Guimarães. "A terceira margem do rio", em ROSA, 1981, p.27-32. [ Links ]
5 HARTOG, François. Évidence de l'histoire. Ce que voient les historiens. Paris: Éd. de l'EHESS, 2005. [ Links ]
6 FAYE, Jean Pierre. Théorie du récit, 1972, p.130, [ Links ]citado em HARTOG, François. Le miroir d'Hérodote. Essai sur la représentation de l'autre. Paris: Gallimard, 1991. p.321. [ Links ]
7 É o caso do trabalho de R. Koselleck, assim definido por Hayden White: a "história da historiografia, na visão de Koselleck, é a história da evolução da linguagem dos historiadores". WHITE, H. Foreword. In: KOSELLECK, R. The practice of conceptual history. Stanford: Stanford University Press, 2002. p.XIII. [ Links ]
8 CERTEAU, Michel de. L'écriture de l'histoire. Paris: Gallimard, 1975. p.63-120. [ Links ]
9 "Chega de ensaios racionalistas que, como diria Nietzsche, mal escondem o seu rancor e sua demagogia". CERTEAU, 1975, p.178.
10 "Íntimas histórias: a amizade como método de trabalho historiográfico", ibidem, p.211-217.
11 ERIBON, Didier. Michel Foucault. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p.117; [ Links ]ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 1999. p.9. [ Links ]

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O POETA ALBERTO ATIVISTA - A CAMINHADA


Foto: Alberto Aragão (O poeta Alberto Ativista)

Por mais que a mídia brasileira tente mostrar os "jovens dos guetos" de forma "não preconceituosa" e simplista, ela de fato ainda teima em reproduzir esteriótipos sobre a periferia brasileira como o lugar somente de "marginais", "prostitutas" e "ignorantes". Por outro lado, muitos jovens trabalhadores e inteligentes da periferia utilizam-se da escrita poética como sua verdadeira "arma" de libertação.

É com maior prazer que divulgo nesse Blog o trabalho de meu amigo e conterrâneo Alberto Aragão, o poeta das ruas e da realidade dos guetos do Rio de Janeiro e do nordeste brasileiro. Um cearense que faz da sua caminhada poética um sopro de esperança e conhecimento. Vejamos então os escritos abaixo que o mesmo enviou para o meu email sobre o seu futuro livro: ALBERTO ATIVISTA - A CAMINHADA.

Alberto Ativista está escrevendo seu livro intitulado ALBERTO ATIVISTA
- A CAMINHADA. Com participação de Lucky Poesia Gangster, o livro trará até o público poemas, textos, frases, reflexões... Que farão o leitor refletir sobre variados temas.Uma literatura abrangente e original que saciará o desejo dos leitores
de boa informação, com idéias conceituadas e compromisso em cada
palavra.

Sem maquiagem, e com palavras claras e originais, que retratam o
cotidiano não só brasileiro, mas mundial. Cultura para nós é fôlego de
vida, e não haverá revolução sem arte e participação popular.

A leitura é a ferramenta mais importante para a construção de uma
sociedade igualitária, pois um povo sabio, ciente de seus direitos,
não aceita nenhum tipo de manipulação. A maior arma de um ser humano é
o conhecimento, e sua busca precisa ser constante.

Confiram o video chamada do livro ALBERTO ATIVISTA - A CAMINHADA.

http://www.youtube.com/watch?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

NA NATUREZA SELVAGEM - O FILME


NA NATUREZA SELVAGEM - O FILME

Odeio quando alguém me conta o final de um filme ou livro. Não precisa nem ser uma obra que eu tenho interesse em conhecer! Acho uma deslealdade e um desrespeito com o autor, o diretor, todo mundo envolvido na produção... Tanto trabalho para alguém simplesmente reduzir tudo em poucas sentenças de improviso. Quem cria quer, pelo menos, ser prestigiado.

Não é essa minha intenção com esse texto. Não quero contar a história do filme Na Natureza Selvagem, nem descrever o óbvio, presente em quase todas as resenhas... Que o filme é bom, que o diretor é sensível (o famoso Sean Penn), que a história é muito bem escrita (pelo talentoso Jon Krakauer, autor também do livro No Ar Rarafeito), que o elenco é primoroso, que a trilha sonora é fantástica, que a fotografia é sensacional...

Gostaria de explicar porque gosto tanto desse filme... Por que é muito mais que um filme de um livro, é um filme sobre vários livros e as idéias que eles representam.

Não coincidentemente, eu li todos os principais autores citados no filme... Leon Tolstoi, Jack London e Henry Thoreau... Conhecer o trabalho desses pensadores é essencial para entender a história e a mensagem do filme. E que me desculpem os iletrados de plantão, que acham que Internet e Hollywood bastam!

Mas qual mensagem é essa, afinal?

O mais óbvio, que todo mundo percebe imediatamente, é que o personagem é revoltado com o mundo que o cerca, representado por seus pais. Ele não quer fazer parte da sociedade de consumo, busca a essência da vida e a verdade das coisas, escolhe o caminho comum aos espíritos inquietos: a estrada, o movimento, o mundo.

Mas não qualquer estrada. Não se trata de um road movie, mas de um filme outdoor... Vários passos antes na evolução dos caminhos, já que toda estrada um dia já foi uma trilha. Esse é um filme sobre trilhas, no sentido de “caminhos na natureza”. Coincidentemente, minha especialidade!

Leon Tolstoi, Jack London e Henry Thoreau eram espíritos inquietos, criativos, destemidos, que não se contentaram com o mundo que lhes foi apresentado (mesmo em uma bandeja de prata, como aconteceu com os três). Todos eles escolheram o caminho da natureza para buscar suas verdades, cada um no seu estilo, cada um atrás de a sua própria verdade. Por que eles se tornaram famosos, respeitados e, como acontece no filme, copiados mesmo séculos depois? Porque a verdade que eles encontraram é universal e, portanto, comum a todos os seres humanos, sempre.

Leon Tolstoi preferiu viver no campo, com mujiques (lavradores russos pré-revolução Bolchevique) e mesmo já sendo um escritor famoso, rico e mundialmente respeitado, humildemente aprendeu muito com os homens da terra. Jack London tentou ser garimpeiro no Alasca e viu a natureza como algo cheio de humanidade e a humanidade como algo natural. Henry Thoreau enxergou o câncer na sociedade de consumo antes mesmo dela existir como conceito, afastou-se momentaneamente da sociedade e viveu um período recluso, auto-suficiente e alheio a tudo que não fosse natural. Todos os três escreveram excelentes livros que até hoje (como fica claro no filme) influenciam vidas.

O protagonista do filme mistura muito bem esses três autores e suas visões do mundo na sua história... A firme moralidade de Leon Tolstoi, como quando ele se recusa a seduzir uma linda jovem apaixonada por ele... A bússola e a intrepidez de Jack London, ao decidir viver sua experiência de contato intenso com a natureza no Alasca ou descer o Rio Colorado em um caiaque... A técnica de Henry Thoreau, ao se preparar para viver de suas próprias e limitadas habilidades e daquilo que a natureza oferece, ser auto-suficiente, independente e autônomo, usando essa experiência como grande aprendizado de vida.

Mas vejo fortes influências religiosas no filme também, ou espirituais, que algumas pessoas vão associar a Jesus Cristo, Buda, Alá ou qualquer outro intérprete oficial dos mistérios da vida. “Felicidade só é verdadeira quando compartilhada”, escreve o protagonista do filme nas cenas finais. Tolstói e Thoreau , cada um ao seu modo, também enxergaram isso. O primeiro fundando uma comunidade “hippie” um século antes do movimento existir, o segundo produzindo livros com “fórmulas” de libertação de uma sociedade de consumo que transforma consumidores também em produtos.

O título do filme (e do livro) traz um excelente resumo filosófico da história: a natureza é selvagem e, portanto, viver nela exige atenção e cuidados especiais. Não somos muito diferentes de qualquer outro animal. O que nos difere dos outros bichos não é necessariamente o que nos separa deles. Somos capazes do raciocínio, mas desde que deixamos de ser caça, não conseguimos abandonar a mentalidade de predador.

Selvagem não é sinônimo de ruim. A natureza não é ruim. Nosso despreparo no convívio com ela é que pode ter consequências indesejáveis e irreversíveis. Isso fica claro no filme. Muita gente pode até acreditar que essa é a mensagem final, a grande moral da história. Mas não é.

Viver de acordo com suas verdades e ter sempre a humildade de ser um aprendiz na vida, buscando as verdades mais sutis, com esforço e comprometimento, eu acho que é a grande mensagem. O próprio protagonista do filme diz isso, sem pudor, a outro personagem, já idoso, incitando-o a “voltar a viver”. E o velhinho sobe uma montanha na sequência. Essa é outra mensagem do filme: no conforto artificial de nossas casas e cidades, longe da “natureza selvagem”, não existem verdades universais, tudo é controlado, modificado e vazio de conteúdo.

Viver (e por que não, morrer, já que todos nós caminhamos para esse fim, cada um no seu ritmo) na busca das grandes verdades comuns a todos é viver uma vida rica e completa. Os acomodados não vivem – eu já escrevi isso em outra ocasião – simplesmente “dão expediente na Terra”.

Outra coisa que me impressiona muito no filme é a pesquisa por trás dele... Imagino que Jon Krakauer tenha trabalhado duro como detetive, para costurar toda a trama do enredo, descobrir detalhes da andança do protagonista da história. Imagino o quanto ele se envolveu com os personagens reais, já que a história é baseada em fatos verídicos. Imagino o quanto ele não aprendeu durante esse processo.

Sempre que assisto a esse filme (tenho uma cópia em casa), penso em fazer uma peregrinação ao Magic Bus... Alguém topa?

Fonte: Clube da Aventura KALAPALO

O QUE ESPERAR DE 2012?


Um texto mais que reflexivo, escrito por Maria Isabel Carapinha

Muitas são as indagações que me fazem em meu consultório a respeito de 2012!
Alguns comentários são apavorantes, outros estimulantes, mas o que seu coração lhe diz sobre isso?
Cada vez mais temos que procurar a harmonia e o bem-estar como forma de vida, independente do que virá e se estabelecerá.
Na minha ótica de radiestesista, o 2012 já é hoje para aqueles que estão em busca de transformação pessoal.

Vejo como um tempo maravilhoso onde tudo se concretizará de acordo com seus desejos e anseios pessoais, mas -e sempre o mas- tudo isso será sentido e realizado por aqueles que estiverem em plena harmonia consigo mesmos, com sua família, com seus relacionamentos e com o aspecto mais importante de todos: o seu lado espiritual.

Os relacionamentos se apresentam hoje de forma desastrosa, o interesse pessoal se sobrepõe ao amor, ao companheirismo, ao amor incondicional. O que significa amar de fato sem nada esperar de volta?

As relações empresariais atingiram o caos total, o ser humano deixou de existir, importando apenas os resultados; as grandes fusões comerciais causam o massacre nos que estão e para os que vieram; todos se tornam inimigos e lutam com unhas e dentes por um espaço.

Muitas destas pessoas estão há muito estabelecidas e sentem uma enorme ameaça e instabilidade e o pior de tudo é que por estarem há muito tempo vivendo na zona de conforto, nem ao menos sabem como lidar com tudo isso.

O passo seguinte é a instalação do medo em suas vidas e quando este sentimento toma conta, a desarmonia se instaura em todos os aspectos.Sentimos medo de solidão, de falta de dinheiro, de doença, nos sentimos ameaçados e abandonados!Isso tudo pode deixar de existir em sua vida, como um passe de mágica à medida que você trabalhar seu equilíbrio pessoal.

A Radiestesia é uma das ferramentas mais importantes no que diz respeito a harmonizar sua vida. Ela trabalha todos os aspectos, incluindo freqüências vibratórias mais sutis e uma vez que este equilíbrio o estabiliza, você sentirá de forma latente que tudo vem parar na sua mão quando você precisar.

A sincronia com o Universo só é obtida quando há a concretização da harmonia pessoal, pois vibramos em sintonia com o Todo.

O equilíbrio pessoal desenvolverá sua cognição, seu amor-próprio e sua firmeza de propósito ou poder pessoal.
O equilíbrio pessoal lhe propiciará estabelecer e manter relacionamentos saudáveis e obter o máximo de satisfação com o que faz.

O equilíbrio promove uma completa interação entre sua mente e seu corpo físico, ou seja, você se torna senhor de sua vida, você a constrói a partir de cada pensamento e desejo emanado.

O equilíbrio pessoal promove ainda a interação entre as pessoas, ou seja, de maneira clara identificamos o estado emocional da outra pessoa e conseguimos entender e compreender o que acontece, e a implicância neste momento é colocada de lado.
Esta transformação da Era de Peixe para a Era de Aquários que se concretizará em 2012 se faz presente a cada momento em nossas vidas e, para aqueles que já se encontram na busca do equilíbrio pessoal, as mudanças em suas vidas se tornam claras e evidentes a cada dia, é querer e concretizar!

Iniciamos uma era de transformação vibracional, onde o caos já se instalou e agora o que tem por vir é a mudança para uma era que será maravilhosa em todos os sentidos, as mudanças entram em nossas vidas para ampliar nossa vibração e nos fazer crescer e evoluir como seres humanos, porém, novamente a presença do medo do novo pode nos fazer permanecer no estado caótico que nos encontramos.

O estado vibracional das pessoas tem mudado de forma considerável, no meu ponto de vista, muitas são as buscas pessoais por uma sintonia de irmandade e amor ao próximo, e isto causa uma vibração que a cada mais atrairá seres de luz para nossas vidas, mas isso depende de sua decisão pessoal, decidir ser diferente e viver de uma maneira diferente do que vive hoje.

É necessário deixar de lado o sofrimento, o medo, a falta de amor e tudo que possa ser negativo, incluindo aqui seus pensamentos e projeções pessoais. Sinta-se parte de Um Todo Maior que zela por você e o acompanha a cada momento, que sabe de sua necessidades e anseios pessoais e os trará até você.
Creia, eu vivo assim! Você pode viver assim! A humanidade pode se unir nesse caminho maravilhoso onde o aprendizado se dará somente pelo amor, a dor não mais fará parte de nossas vidas!

Comece por mudar você e perceba que tudo à sua volta começará a se transformar!
Emane para sua vida tudo que é positivo, conecte-se somente com bons sentimentos, pensamentos e emoções.

Na Radiestesia, encontramos o apoio para início desta mudança. A harmonização de nossas casas e de nossa vida pessoal pela mesa radiônica promove esta mudança de sintonia vibracional. Isto é muito mais do que falar, é possível, após este equilíbrio geral você sentir sua vida vibrando de uma forma diferente e as coisas acontecendo de maneira menos sofrida.
Criamos alguns conceitos que se arraigaram em nosso ser e que precisam ser eliminados. Estamos acostumados a ter dificuldades, a competir com os demais.

Já cheguei a ouvir várias vezes a seguinte frase: é necessário matarmos um leão por dia para sobrevivermos. Aí vem uma perguntinha básica: onde está sua conexão espiritual?

Esta conexão com o Divino o leva a sentimentos de amor e confiança e estes aspectos negativos todos deixam de fazer parte de sua vida.

O fato de não conseguirem estabelecer esta conexão espiritual, que a todos alimenta com muita energia, faz com que as pessoas se desgastem entre si. É um tentando eliminar o outro, tentando acabar com a energia do outro.

Este processo se percebe de maneira muito clara nas estruturas empresariais, onde alguns, que na maioria das vezes não têm nenhum equilíbrio pessoal, decidem pela vida de muitas pessoas, sendo que o sentimento que prevalece é o prestígio pessoal, o outro simplesmente não existe.

Neste momento, observo que estamos vivendo pior que os animais, no entanto, alenta-me o coração perceber que cada mais as pessoas estão percebendo esse sistema caótico e caindo fora dele. Você pode ser mais um a mudar de conexão e trazer harmonia para sua vida começando pelo seu equilíbrio pessoal.

Quando você percebe que sua vida não está da forma como desejaria e que levantar a cada dia se torna um sacrifício, tenha absoluta certeza que você está em desequilíbrio, vibrando em padrões muito abaixo daqueles que deveria estar.

Quando o equilíbrio que a Radiestesia traz para sua vida se fizer presente, você poderá até se assustar, pois tudo fica mais fácil, as coisas acontecem de fato e aquilo que necessitamos, sejam coisas materiais ou pessoas, vem parar em nossas vidas.

Temos que deixar de violar nossos princípios pessoais, temos que buscar ferramentas que nos afastem de situações e profissões que nada têm a ver com você como pessoa.
Quando você encontrar o caminho do equilíbrio, passará a amar a sua vida e o que faz e as coisas fluirão de uma maneira totalmente harmônica!

O que dizer, então, de 2012?
Tenho a dizer que será uma fase maravilhosa, pois eu já vivo assim e faço do meu caminho de vida uma ressonância de amor e confiança para aqueles que desejam mudar sua trajetória de vida. Estou aqui como instrumento para ajudá-los a mudar de sintonia!

Maria Isabel Carapinha: Radiestesista.Ministra cursos e faz atendimentos em residências e empresas.Trabalha também com a mesa radiônica fazendo atendimentos em seu consultório ou à distância.